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Constituído por aproximadamente 96% de mineral e os restantes 4% de material orgânico e água, o esmalte é o tecido do corpo humano mais mineralizado conhecido.

O conteúdo inorgânico do esmalte, constituinte dos primas, é a hidroxiapatite, um cristalito de fosfato de cálcio que também pode ser encontrado no osso, na cartilagem calcificada, na dentina e no cemento.

 

 

Os pré-ameloblastos interagem com células ectomesenquimatosas, determinando a forma da junção dentina-esmalte. Resultado de interações com as células de ectomesenquima, o pré-ameloblasto evolui para ameloblasto.

1.
Etapa morfológica
Amelogénese - Formação do esmalte dentário

 

O esmalte dentário é o componente suportado pela destina que fica visível à superfície do dente. Juntamente com a dentina, o cemento e a polpa, formam o dente. Este tecido mineralizado de elevada resistência cobre e protege o dente de danos físicos e químicos externos. É, de facto, o material mais duro encontrada em mamíferos, composto com mineral de alta densidade. As suas propriedades mecânicas estão associadas à sua organização estrutural e a sua profunda conexão com a dentina, e oferecem-lhe dureza e resistência à fratura, ao desgaste e à sua deformação.

O ameloblasto sofre um aumento de tamanho, uma mudança na polaridade e desenvolve uma grande capacidade de síntese proteica. No final desta fase já é possível detetar-se a presença de amelogenina. Quando ocorre a diferenciação dos ameloblastos, estas células são afastadas dos vasos sanguíneos, pelo que o seu suprimento vascular fica comprometido. Para compensar tal facto, as células do epitélio dentário interno armazenam glicogénio antes de iniciarem a sua atividade secretora e vão utilizando estas reservas.

2.
Etapa de diferenciação

Os ameloblastos diminuem de tamanho e perdem o processo de Tomes. O seu poder secretor também diminui significativamente.Há eliminação de água e de matriz orgânica, possibilitando o espaço necessário ao crescimento e maturação do cristal. Também se verifica uma diminuição na produção de proteínas. A matriz orgânica irá ser reabsorvida por uma série de enzimas (serina protease, metaloproteinase, fosfatase). Dá-se a adição de minerais nos prismas, onde intervém a enzima fosfatase alcalina. A maturação dos prismas ocorre nas cúspides (bordo incisal) até à linha cervical. No final, a matriz orgânica é removida, os ameloblastos entram em regressão, escolhendo dramaticamente e adotando uma forma cúbica. Finalmente, formam uma película sobre a superfície do esmalte dos dentes que é perdida durante a erupção dentária

4.
Etapa de maturação

Os ameloblastos são células colunares ativas já diferenciadas, que já perderam a capacidade de divisão. Nesta fase, os ameloblastos são caraterizados pelas estruturas histológicas denominadas processo de Tomes - uma projeção citoplasmática cónica do ameloblasto com a função de produzir e secretar proteínas do esmalte. Esta estrutura é responsável pela formação dos prismas e alinhamento dos cristais dentro dos prismas. Na formação de cada prisma intervêm quatro ameloblastos, e cada ameloblasto contribui para formar quatro primas. As proteínas do esmalte são liberadas do retículo endoplasmático rugoso para a área circundante, contribuindo para a matriz do esmalte, que será então parcialmente mineralizada pela enzima fosfatase alcalina.

3.
Etapa de secreção
Fases do desenvolvimento do esmalte (amelogénese)

Ação da fosfatase alcalina.

Formação dos prismas do esmalte.

Estrutura e constituição

O esmalte apresenta uma coloração que varia de amarelo claro a branco acastanhado. A sua espessura é de aproximadamente 2,5mm ao longo da superfície, sendo mais espessa nas cúspides e mais fina na junção amelo-cementária. Sendo o esmalte dentário um tecido translúcido, a sua aparência será afetada pela coloração da destina que lhe está subjacente. A sua transparência deriva de variações no grau de mineralização e homogeneidade do esmalte, pois quanto maior for a sua mineralização, mais transparente será o esmalte. A matriz orgânica, de natureza proteica, é formada por um complexo sistema de multiagregados polipeptídicos (amelogenina, enamelina, ameloblastina, tuftelina, amelotina, paina e sialofosfoproteína dentária). O restante componente orgânico diz respeito a carbonaos, sulfatos e oligoelementos como potássio, magnésio, ferro, flúor, magnésio e cobre.A água, localizada na periferia do cristal, é o terceiro componente do esmalte. A sua percentagem varia com o decorrer dos anos, diminuindo progressivamente com a idade.

AMELOGÉNESE IMPERFEITA - UM ARTIGO DE REVISÃO CIENTÍFICA

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